As obras da Rota Bioceânica- que vai ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico passando pelo Mato Grosso do Sul – avançam principalmente em trechos considerados críticos da extensão da megaestrada que tem mais de 3 mil quilômetros. O Governo da República do Paraguai assinou um acordo de empréstimo com o FONPLATA no valor de US$ 354.245.764 ou aproximadamente R$ 1,7 bilhão para o financiamento do projeto do Corredor Rodoviário Bioceânico, trecho 3, de 225 km de extensão, que começa na cidade de Marechal Estigarriba e termina no município de Pozo Hondo.
A informação foi repassada pelo Ministério de Obras do Paraguai a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) que faz o acompanhamento das obras da Rota, assim como todos os países que compõem o Corredor Bioceânico. A estratégia de acompanhar o andamento das obras foi definida durante o Fórum dos Governadores da Rota do qual Mato Grosso do Sul faz parte.
“Quando fizemos a viagem da Rota este trecho conhecido como Picada 500 era o mais complicado. Agora em contato com o Ministério de Obras tivemos a informaçao da contratualização deste processo e o breve inicio das obras. Esta é a última obra estruturante para garantir a Rota e o Paraguai faz um grande avanço estrutural, pois sem este trecho a gente não consolidaria o Corredor Bioceânico”, explicou o titular da Semadesc, Jaime Verruck.
Segundo os dados oficiais enviados pelo MPOC, a concorrência para construção das obras foi dividida em 4 (quatro lotes), e foi realizada através do Edital MOPC n.º 70/2022 – ID 417011 “Concurso Público Internacional para Contratação de Empresas de Construção para o Projeto, Cadastro, Compensação, Construção e Manutenção por Níveis de Serviço da Pavimentação da Rodovia Nacional PY-15, Trecho Mariscal Estigarribia-Pozo Hondo e acesso a Mariscal Estigarribia, Departamento de Boquerón, República do Paraguai”
O Lote 1 foi adjudicado ao Consórcio Del Pacifico, integrado pela Empresa EDB CONSTRUCIONES SA., e VIAL AGRO S.R.L.
Por sua vez, o Lote 2 ficará a cargo do Consórcio CHAQUEÑO DEL NORTE (LT S.A. – Constructora Heisecke S.A. – Benito Roggio e Hijos S.A.)
Da mesma forma, o Lote 3 será construído pela CDD CONSTRUCCIONES S.A., e por fim, o Lote 4, ficará a cargo do Consórcio TCR (Ingeniería de Topografía y Caminos S.A. – Constructora Isacio Vallejos S.A. – Rovella Carranza S.A. Sucursal del Paraguai).
“De acordo com as informações oficiais do MOPC é prioritário para o Governo iniciar as obras do corredor rodoviário bioceânico, tramo 3. O trecho é justamente na conhecida Picada 500, por onde passamos com a expedição da Rota Bioceânica”, destacou Verruck, lembrando que durante a 3ª Expedição RILA (Rota de Integração Latino-Americana), a equipe da Semadesc, enfrentou grandes atoleiros na região.
Obras
O início das obras está sujeito à contratação dos supervisores dos quatro trechos de estradas, condição prévia do Contrato de Empréstimo FONPLATA. A seleção para contratação de empresas de Consultoria, que ficarão encarregadas de fiscalizar as obras nos seus 4 lotes, encontra-se em fase de reavaliação.
De acordo com o MOPC definida a contratação dos Inspetores, será dada a ordem de início dos trabalhos dos trechos.” Apesar de não haver oficial para início das obras, o MOPC está realizando todas as diligências necessárias para iniciar as obras o mais rapidamente possível”, acrescentou o secretário.
Iniciadas as obras, os Empreiteiros têm 6 meses para preparar o projeto de engenharia final da obra, paralelamente 6 meses para preparar o cadastro do impacto da faixa de dominó, 24 meses para a construção e 96 meses para manutenção por níveis de serviço da extensão de 225 km do trecho 3 do corredor rodoviário bioceânico.
Rosana Siqueira, com informações do MOPC
Fotos- Mairinco de Pauda